No mês de Março (2024), aconteceu um grande recorde nas exportações brasileiras de café, atingindo um total de 4,29 milhões de sacas, segundo dados da Cecafe. Esse ano se destacou um crescimento significativo nas exportações de café arábica quanto robusta/conilon, em comparação ao último ano.
Em parte, esse recorde se desencadeou após dificuldades enfrentadas na exportação de robusta do Vietnã e da Indonésia. Problemas climáticos e falta de água podem afetar as colheitas ou até adiá-las. Consequentemente, a demanda pelo produto brasileiro será elevada.
Mas, apesar das boas notícias, seguem preocupações ao equilíbrio global da variedade robusta. “Embora os grãos brasileiros estejam satisfazendo a atual demanda de robusta, ainda há preocupações quanto ao equilíbrio global da variedade no ciclo 24/25. A precipitação, em especial no Vietnã, tem sido escassa nos últimos meses, o que levou a uma menor umidade do solo no país asiático e aumentou as preocupações quanto ao desenvolvimento da safra 24/25. Esta situação também levou os produtores vietnamitas a reduzirem suas vendas, preocupados com o impacto de uma potencial seca na oferta, mantendo o suporte sobre os preços do robusta”, explica Laleska.
Outro ponto importante a ser observado também, é as implicações macroeconômicas nos preços do café. A possibilidade de atrasos nos cortes das taxas de juros pelo Fed pode exercer pressão de baixa sobre o mercado de commodities, incluindo o café. Leia a seguir: “Na sexta-feira (08), foram divulgados os dados de empregos e desemprego nos Estados Unidos, mostrando que, embora as contratações tenham se mantido em um ritmo constante – sugerindo que ainda há resiliência no mercado de trabalho dos EUA – a taxa de desemprego atingiu o maior nível em dois anos. Neste relatório, analisaremos os dados da economia americana e seus possíveis impactos nos preços do café”, diz Natália Gandolphi, analista de Café da hEDGE point!
Fontes: Agrolink, CanalRural.
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